Empresa é processada por recusar licença-maternidade a funcionária mãe de bebê reborn

Caso judicial: Mulher pede validação de maternidade afetiva e rescisão indireta após sofrer constrangimentos no local de trabalho

Carlos ABM

5/30/20251 min read

Uma recepcionista moveu uma ação trabalhista contra uma empresa de investimentos imobiliários após ter seus pedidos de **licença-maternidade** e **salário-família** negados sob a alegação de que ela **"não seria mãe de verdade"**. A trabalhadora alega exercer **maternidade afetiva** com sua filha **reborn**, uma boneca hiper-realista que, segundo ela, simboliza um **vínculo materno legítimo**.

Em sua petição, a mulher relata que, ao comunicar sua condição de mãe e solicitar os direitos previstos em lei, foi **alvo de zombarias, humilhações públicas e comentários ofensivos** por parte de colegas e superiores. Os constrangimentos teriam causado **grave abalo emocional**, levando-a a pedir a **rescisão indireta do contrato** por **falta grave do empregador**, com base no **art. 483, alínea "d", da CLT** (que permite a ruptura do vínculo em casos de ofensa à honra ou integridade do trabalhador).

A ação, tramitando na **16ª Vara do Trabalho de Salvador (BA)**, também inclui pedido de **indenização por danos morais** no valor de **R$ 10 mil**. A defesa argumenta que o conceito de maternidade deve ser **ampliado**, considerando **laços afetivos e emocionais**, conforme princípios constitucionais como a **dignidade da pessoa humana** e o **livre desenvolvimento da personalidade**.

O processo (**nº 0000457-47.2025.5.05.0016**) aguarda **audiência marcada para 28/7/25**. A empresa ainda será intimada para apresentar sua defesa. Até o momento, não há decisão sobre pedidos de **tutela antecipada**.