**Demolidor: Renascido | Episódio 3 brilha com drama judicial e a presença do Tigre Branco**

**Demolidor: Renascido explora o drama humano e judicial em episódio intenso**

Uma das propostas de *Demolidor: Renascido* é priorizar o lado humano de Matt Murdock (Charlie Cox) em detrimento das cenas de ação heróica. Essa abordagem, aliás, já foi um dos pilares da primeira temporada do *Demolidor* original, mas, convenhamos, ninguém quer esperar uma temporada inteira para ver Matt de volta à ação. O terceiro episódio sugere que esse não será o caso, mas antes de mergulhar em cenas mais explosivas, a série aproveita ao máximo as nuances do cotidiano de Matt, entregando um drama judicial envolvente.

O episódio é, essencialmente, um suspense de tribunal de 45 minutos. O caso contra Hector Ayala (Kamar de los Reyes), acusado de ser o Tigre Branco, é o centro da trama. Com reviravoltas típicas de dramas judiciais, o episódio culmina na revelação pública de que Hector é, de fato, o herói mascarado. Essa é a jogada final de Matt, que antes havia conseguido excluir as atividades heroicas de Hector como evidência no julgamento. No entanto, as coisas mudam quando um informante da polícia, testemunha chave do caso, é salvo por Matt e confirma que a morte do detetive foi acidental.

A tensão atinge o ápice quando o informante, intimidado pela presença dos policiais na corte, recua e nega saber de qualquer coisa. Sem alternativas, Matt decide revelar a identidade de Hector como o Tigre Branco, causando um terremoto no tribunal. O juiz ameaça anular o julgamento, e o promotor promete retaliar Matt, mas o processo segue. A cena do veredito é carregada de suspense, com um equilíbrio narrativo que deixa o espectador em dúvida até o último momento. No fim, Hector é declarado inocente e liberto, muito para o desgosto dos policiais e do prefeito Wilson Fisk (Vincent D’Onofrio), que acompanha de perto o caso como parte de sua campanha anti-vigilantes.

Apesar da vitória, o alívio é breve. Kamar de los Reyes, que infelizmente faleceu após uma batalha contra o câncer, entrega uma atuação emocionante e humana, tornando Hector um personagem fácil de se torcer. Suas cenas de vulnerabilidade, como quando confessa a Matt que sente falta de casa, ou quando declara no tribunal que só quer "fazer a coisa certa", são momentos marcantes. No entanto, seu destino é trágico: logo após ser inocentado, Hector é morto a tiros ao sair de casa vestindo o manto do Tigre Branco, ignorando o conselho de Matt para deixar o heroísmo de lado.

A cena da morte, embora não seja a mais impactante visualmente, ressoa emocionalmente. A perda de Hector, um homem que lutou pela justiça de forma tão pura, deixa uma marca profunda. E é justamente essa tragédia que parece ser o catalisador para o retorno do Demolidor. Matt, que havia celebrado a vitória no tribunal com Heather (Margarita Levieva), agora terá que lidar com a realidade de que o sistema falhou novamente. Para piorar, o assassino de Hector usava uma caveira no peito, reminiscente do Justiceiro (Jon Bernthal). A identidade do culpado permanece um mistério, mas uma coisa é certa: a polícia está no centro das atenções de *Demolidor: Renascido*.

Enquanto Matt se coloca como adversário da força policial ao defender Hector, Fisk enfrenta seus próprios desafios com o comissário Gallo (Michael Gaston), que desconfia das intenções do ex-Rei do Crime. A desconfiança em relação a Fisk é generalizada, e tanto ele quanto Matt parecem estar em rota de colisão com a polícia. O cenário está armado para um confronto épico, e o renascimento do Demolidor parece inevitável.